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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

UMA SANTA QUE USAVA CALÇA JEANS

Os santos sempre ocuparam um lugar muito especial na vida cristã, são modelos a serem seguidos, diante dos quais somos convidados a dizer como Santo Agostinho “Se eles conseguiram, eu também conseguirei”. Neste sentido Chiara Luce se apresenta como um modelo magnânimo para todos os cristãos, principalmente para os jovens, pois, era jovem e fazia questão de não perder nada do que era próprio desta fase, mesmo nos momentos mais difíceis. Chiara Luce de alguma forma começa a realizar o sonho do nosso Saudoso Papa João Paulo II, sonho de canonizar homens e mulheres jovens que “usem calça jeans”e que “estejam no mundo sem serem mundanos”.
Chiara Badano nasceu em Sassello (Itália), no dia 29 de outubro de 1971. Tinha olhos límpidos e grandes, com o sorriso doce e comunicativo, inteligente e determinada, vivaz, alegre e esportiva. Foi educada pela mãe com as parábolas do Evangelho a conversar com Jesus e a lhe dizer “sempre sim”.
Foi uma menina normal, mas com algo mais, com uma sensibilidade às coisas divinas. Aos 9 anos entrou como Gen (geração nova) no Movimento dos Focolares. Viveu a sua espiritualidade e pouco a pouco envolveu os pais. Desde então a sua vida foi um contínuo crescimento para colocar Deus como primeiro lugar de sua vida.
Prosseguiu os estudos normais, mas aos 17 anos, de repente uma dor aguda no ombro esquerdo revelou nos exames e nas inúteis operações um tumor maligno nos ossos, que deu início a um calvário de dois anos aproximadamente. Depois que ouviu o diagnóstico, Chiara não chorou nem se revoltou: ficou imóvel em silêncio e depois de 25 minutos saiu dos seus lábios o sim à vontade de Deus: Se é o que você quer, Jesus, é o que eu quero também”.
Não perdeu o seu sorriso luminoso; enfrentou tratamentos dolorosos e arrastava no mesmo Amor quem dela se aproximava. Ela não aceitou receber morfina para não perder a lucidez e oferecia tudo pela Igreja, pelos jovens, os ateus, pelas missões, permanecendo serena e forte. Repetia: “Não tenho mais nada, contudo tenho o meu coração e com ele posso sempre amar”.O seu quarto, era um lugar de encontro, de apostolado, de unidade: era a sua igreja. Também os médicos, ficavam desconsertados com a paz que se sentia ao seu redor e alguns se reaproximaram de Deus. Eles se sentiam atraídos por ela.
Os amigos que a visitavam para consolá-la voltavam para casa consolados. Pouco antes de falecer, ela revelou: “Vocês não podem imaginar como é agora o meu relacionamento com Jesus… Sinto que Deus me pede algo mais, algo maior. Talvez seja ficar neste leito por anos, não sei. Interessa-me unicamente a vontade de Deus, fazê-la bem no momento presente: aceitar os desafios de Deus. Se agora me perguntassem se quero andar (a doença chegou a paralisar as pernas), eu diria não, porque assim estou mais perto de Jesus”. Certa vez ela escreveu a Nossa Senhora: “Mãezinha Celeste, eu te peço o milagre da minha cura; se isso não for vontade de Deus, peço-te a força para nunca ceder!”.Desde muito jovem fez o propósito de não “doar Jesus aos amigos com as palavras, mas com o comportamento”. Mas nem sempre isso era fácil e ela repetiu algumas vezes: “Como é duro ir contra a corrente!”. Para conseguir ultrapassar cada barreira, repetia: “É por ti, Jesus!”.
Não teve medo de morrer. Disse à sua mãe: “Não peço mais a Jesus para vir me pegar e me levar para o Paraíso, porque quero ainda lhe oferecer o meu sofrimento para dividir com ele ainda por um pouco a cruz”. Uma vez disse sobre os jovens: Os jovens são o futuro. Eu não posso mais correr. Porém, gostaria de lhes passar a tocha, como nas Olimpíadas. Os jovens têm uma vida só e vale a pena empregá-la bem!”
E o “Esposo” veio buscá-la no amanhecer do dia 7 de outubro de 1990, depois de uma noite muito dolorosa. Era o dia da Virgem do Rosário. Estas foram suas últimas palavras a sua mãe: “Mãe, seja feliz porque eu o sou. Adeus”.
A sua “fama de santidade” se estendeu imediatamente em várias partes do mundo. No dia 3 de julho de 2008 ela foi declarada Venerável com o reconhecimento de suas virtudes heróicas. No dia 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI celebrou a sua Beatificação.
Está aí um exemplo de santidade. De fato, é possível ser Santo sem deixar de ser jovem.
Coragem! Comecemos sem demora!
Seminarista Marcelo Ramos

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